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Six Nations 2016 vai mostrar se o rúgbi europeu aprendeu algo com o Mundial

UOL Esporte

 

during the RBS Six Nations launch at The Hurlingham Club on January 27, 2016 in London, England.

Por Bruno Romano

Não faltaram piadas, brincadeiras e “memes” para cima do rúgbi europeu na última Copa do Mundo de Rúgbi. Nos estádios, nos bares e na internet a zoeira pegou fogo: “Isso é mesmo um Mundial, ou seria mais um Rugby Championship?”, provocavam.

Mesmo jogando a Copa na Inglaterra, nenhuma seleção do hemisfério norte alcançou as semifinais. Nova Zelândia, Austrália, África do Sul e Argentina dominaram a fase de mata-mata – das oito edições do Mundial de Rúgbi, aliás, só uma foi vencida por um país no norte (a Inglaterra em 2003).

O Six Nations, ou Seis Nações, deste ano será a primeira chance de ver como o fracasso na Copa afetou as grandes seleções da Europa. O torneio que começa neste fim de semana é o mais antigo do planeta, contando o primeiro Home Nations de 1883. Desde 2000, é disputado entre Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Escócia, França e Itália.

A Irlanda, atual bicampeã da competição, a Inglaterra, maior decepção de 2015, e a França, massacrada pelos All Blacks na última Copa, são as que carregam o peso maior nas costas nesta volta aos gramados. A Itália ainda não tem força para ser protagonista.

Galeses e escoceses colhem os frutos de suas jovens (e excelentes) gerações. Ambos são treinados por neozelandeses, Warren Gatland e Vern Cotter, e deixaram o Mundial de cabeça erguida, perdendo por uma bola.

A poeira do Mundial já baixou, e Six Nations 2016 vem aí. Repleto de bons jogos. Cheio de tradição. Mas sedento por renovação – renovar, agora, não significa copiar as seleções do sul, mas simplesmente evoluir.

Para manter o lema de “Greatest Rugby Championship” (algo como: o maior torneio de rúgbi), vai ser preciso se adaptar ainda mais ao jogo moderno. E a melhor oportunidade é exatamente agora.