“A gente já roeu muito osso. Agora, comemos carne de 2a. O pessoal de 2016 vai pegar o filé mignon.''. Estafrase é de Henrique Dantas, jogador da Seleção Brasileira de rúgbi de sete, no Pan de 2011.

Já vimos em outros textos que 2015 foi um ano muito intenso para o rúgbi brasileiro e internacional. O novo ano bate à porta e traz muitas expectativas. Algumas muito boas, outras carregam muitas dúvidas, afinal, com o objetivo de 2016, muito do investimento no esporte – neste caso, o rúgbi – foi realizado. Qual pode ser o cenário daqui 365 dias?

É esperado que o investimento diminua. Até mesmo pelo discurso dos especialistas, que afirmam ainda o Brasil estará sob forte crise. Talvez a centralização de atletas termine (quero estar muito errado disso). No entanto, a gestão estratégica do rúgbi nacional terá uma sequência. Já foram assinados alguns convênios e contratos para os exercícios posteriores.

Além disso, uma base numerosa, talentosa, ousada, criativa, competitiva e ávida por resultados (tanto no masculino quanto no feminino) sobe de categoria. Isso não pode ser perdido (como foi em outra época)! É preciso pensar na continuidade deste processo, que garantirá a competitividade que o rúgbi nacional tanto precisa. Dentro desta linha de trabalho encontram-se as academias de alto desempenho. Paralelamente, o trabalho da equipe de desenvolvimento e da de comunicação tem sido, é, e será muito importante, uma vez que são áreas fundamentais por fazer a modalidade chegar a novos praticantes e simpatizantes. Os veículos que o cobrem têm imensa responsabilidade por torná-lo mais atraente, ao aproximá-lo das pessoas e não deixá-lo distante e com pouco acesso, como era antigamente.

O rúgbi tem que crescer dentro de campo e fora dele também.

Quero mesmo que 2016 não seja o objetivo, mas parte de um todo que não se acabe. Não tenho dúvidas de que o rúgbi do Brasil seguirá em crescimento e se adaptará da melhor maneira em outro cenário que se espera.

Um ótimo 2016, repleto de saúde, harmonia, prosperidade e rúgbi!

Saudações ovaladas hoje e sempre!

Por Virgílio Neto, comentarista da ESPN
virgilioneto.wordpress.com/
@virgiliofneto