O Blog do Rúgbi

O ano de 2015 para o rúgbi nacional

UOL Esporte

Crédito: RodolfoBazetto/Fotojump

Crédito: RodolfoBazetto/Fotojump

Vimos neste ano uma medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a seleção feminina cada vez mais protagonista no circuito mundial. Vimos a centralização da seleção masculina consolidada, com excelentes campanhas mundo afora, em preparação para os Jogos do Rio de Janeiro. A de rúgbi de quinze, com nova comissão técnica, se reencontra aos poucos. Vimos também campeonatos estaduais e regionais mais fortes e melhor organizados. Muitos, em todo o país, e isso é fantástico! Tivemos as academias de alto desempenho cumprindo seus papéis. Clubes mais organizados. Uma ampla difusão do esporte entre os mais jovens, o surgimento de mais clubes e atração de mais praticantes e torcedores. Rúgbi de sete, infantil, juvenil, adulto, rúgbi de quinze (feminino e masculino) e de praia!

Um grande ano, sem dúvida alguma! Em meio a um cenário desconfortável e de desconfiança (em função do desempenho político e econômico do país, que se refletiu em vários aspectos do esporte nacional), 2015 pode ser considerado um ótimo ano – senão o melhor – dentro do crescimento do rúgbi no Brasil. Claro, teve a Copa do Mundo e ela ajudou muito. Entretanto quero dizer que as pessoas do rúgbi, diante de um contexto adverso, não se deixaram levar por ele e fizeram o contrário. Fizeram acontecer e o nosso esporte crescer.

Ainda falta bastante coisa, é verdade. Com mais recursos, humanos e financeiros, é possível fazer mais. É necessário dar mais orientação esportiva e profissional para os núcleos e clubes espalhados pelo país. Dar continuidade ao trabalho com as crianças e de atração de praticantes e seguidores. Mas antes de tudo, que os valores do rúgbi estejam sempre presentes, em todos os níveis.

Algumas linhas acima escrevi que 2015 foi uma temporada de referência, por conta de um contexto bastante adverso. Pode ser uma preparação para o momento pós-Jogos Olímpicos, em que todos esperam que o investimento no rúgbi cairá bastante. Concordo que o salto dado nos últimos anos é um caminho sem volta. Ainda bem! E tomara que o que foi feito neste ano sirva de exemplo para o rúgbi brasileiro criar ainda mais e se reinventar, diante de cenários iguais ou ainda mais adversos que podem vir.

Por Virgílio Neto, comentarista da ESPN
virgilioneto.wordpress.com/
@virgiliofneto