O Blog do Rúgbi

Fiji e África do Sul lideram circuito mundial. Prenúncio da Rio-2016?

UOL Esporte

South African rugby team players hold the trophy as they celebrate winning the final of the Rugby Sevens series Cape Town leg Cup against Argentina on December 13, 2015 at the Cape Town stadium in Cape Town, South Africa. / AFP / GIANLUIGI GUERCIA

South African rugby team players hold the trophy as they celebrate winning the final of the Rugby Sevens series Cape Town leg Cup against Argentina on December 13, 2015 at the Cape Town stadium in Cape Town, South Africa. / AFP / GIANLUIGI GUERCIA

A seleção de rúgbi de sete da África do Sul, jogando em casa na Cidade do Cabo, foi a grande vencedora da segunda etapa do circuito mundial, disputada no último fim-de-semana. Na semana anterior, em Dubai, a seleção das Ilhas Fiji ficou com a primeira posição. As duas equipes dividem a liderança, mas os oceânicos têm melhor saldo.

O circuito mundial masculino de rúgbi de sete constitui-se de 10 etapas em cidades espalhadas pelo planeta (Dubai, Cidade do Cabo, Wellington, Sydney, Las Vegas, Vancouver, Hong Kong, Cingapura, Paris e Londres). Cada etapa tem 16 equipes divididas em 4 grupos. Dois dias inteiros de jogos com casa cheia! O jogo de rúgbi de sete tem apenas este número de jogadores em cada equipe, em campo com as mesmas dimensões. Por isso, ele decorre em apenas dois tempos de sete minutos e um de intervalo. Apenas a final possui dois tempos de 10. É esta variante que estará nos Jogos Olímpicos a partir de 2016, no Rio de Janeiro.

Apesar de África do Sul e Fiji dividirem a ponta, estão longe de serem os principais favoritos para os Jogos Olímpicos. A Olimpíada de rúgbi vai ter o formato de uma etapa, mas é um torneio completamente diferente. Vai mexer com a cabeça de cada jogador e a margem para erros (como é no rúgbi de sete) deverá ser nula.

A equipe de sete da Nova Zelândia ficou aquém do desempenho esperado em Dubai e no Cabo. Há alguns lesionados, outros que se recuperam de lesão (é o caso de Mikkelson) e vários que fazem a estreia pela equipe. Claro sinal de que querem poupar os melhores para o Rio de Janeiro. O igual se passa com os ingleses. Idem para a Austrália, em que um bom resultado no Jogos Olímpicos pode reaproximar ainda mais o público australiano para o rúgbi, mesmo sendo o de sete. Os EUA, vencedores de etapa, não têm nada a perder, assim como os Samoanos. Aliás, o rúgbi de sete é a única chance do arquipélago em conquistar uma medalha Olímpica, o que é bastante possível. E a Argentina? Vice-campeã na segunda etapa, não me surpreenderia em nada se colocassem em campo na Olimpíada boa parte da linha que jogou a Copa do Mundo, neste ano, na Inglaterra.

Será uma temporada interessante esta do circuito mundial. As seleções vão se testar bastante e nenhuma etapa poderá servir de exemplo de como serão os Jogos Olímpicos. Não vão querer colocar uma medalha em risco.

A próxima (terceira) etapa acontece no último fim-de-semana de Janeiro, na capital da Nova Zelândia, Wellington.