Brasil supera Colômbia sem sustos e mostra avanços
UOL Esporte
Brasileiros e colombianos se enfrentaram na noite deste sábado no Canindé, em jogo válido pela repescagem do Campeonato Sul-Americano “A”. Quase 2.000 pessoas viram os Tupis vencerem os Tucanos com autoridade, 44 a 0. Apesar da ampla vantagem, o marcador foi construído praticamente na segunda metade da partida, quando se viu um Brasil mais ousado, pensante e criativo.
A nova comissão técnica dos Tupis assumiu em Novembro de 2014. De lá pra cá, tiveram que conciliar os compromissos das seleções (tanto de XV quanto de sete), a criação das academias de alto-rendimento, os calendários dos campeonatos locais e a descobertas de talentos brasileiros ou descendentes mundo afora. Em resumo, começaram um trabalho do zero e aos poucos a seleção nacional ganha uma nova cara.
O primeiro tempo começou com tudo. Logo aos três minutos, um try de Nick deu a impressão que não seria difícil construir uma boa vantagem no placar. Mas não foi assim. A Colômbia se defendeu bem, mas não construiu chances e o primeiro tempo terminou 13 a 0 para os Tupis.
Já a segunda parte foi completamente diferente. Os Tupis jogaram mais soltos e exploraram mais o campo. Se aproveitaram do preparo físico, a dupla Beukes/Tanque entendeu-se muito bem e proporcionou ótimo jogo para as pontas e os centros. Os tries do Brasil nasceram daí: Felipe Sancery, Stefano Giantorno e Guilherme Coghetto.
Fim de partida e 44 a 0 para o Brasil, que se mantém na elite do rúgbi sul-americano em 2016. Aos poucos a seleção brasileira se encontra e vai criando seu próprio estilo e padrão. Muitos poderão questionar a qualidade do adversário. Entretanto, jogos como este – assim como foram os contra a Alemanha – são importantes para os jogadores se conhecerem e se entrosarem. Progressivamente isso acaba por criar um ritmo de jogo e identidade.
A temporada terminou? Não! Apenas começou. Logo no primeiro fim-de-semana de Fevereiro, Brasil x Uruguai, pelo 6 Nações das Américas. 2016 será intenso e colocará o rúgbi nacional ainda mais à prova.
Por Virgílio Neto, comentarista da ESPN
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@virgiliofneto