O estádio do Canindé recebe neste sábado o último compromisso oficial da seleção brasileira. A partida será contra a Colômbia, pela repescagem do campeonato sul-americano. Os Tupis terminaram em último no grupo A e os Tucanos foram campeões do grupo B. O vencedor deste confronto estará entre a elite do rúgbi do continente em 2016.

Foi mais um ano intenso. Nova comissão técnica, novo método de trabalho. Criação das academias de alto-desempenho pelo país. Nova rotina, novas metas estabelecidas e para serem superadas. Início de um processo de profissionalização antes nunca visto. Os compromissos da seleção de rúgbi de sete coincidiram com os da de quinze e isso influenciou em alguns resultados. Foi preciso mudar o planejamento ao longo da temporada para encarar os três jogos deste final de ano (os dois contra a Alemanha e de depois de amanhã contra a Colômbia).

As duas derrotas diante dos alemães fizeram os Tupis despencarem no ranking mundial. Hoje estão em 45o, e os colombianos, em 43o. No entanto, já escrevi aqui antes, para crescer é preciso jogar contra equipes de mais alto nível. É expor-se ao risco? Sim! Outro caminho não há. A Colômbia não jogou mais desde o Sul-Americano “B”, por isso permanece no mesmo lugar do ranking. No histórico, Tupis e Tucanos jogaram oito vezes, com oito vitórias brasileiras. A última foi em Junho de 2008, por 34 a 6.

A partida deste sábado será importantíssima. As dimensões do Canindé favorecem o jogo Tupi, uma vez que os colombianos são mais pesados. O Brasil precisa estar na elite em 2016 e conta com o apoio da torcida. Aos poucos o alto-rendimento do rúgbi nacional evolui e os Tupis estabelecem uma rotina de trabalho dentro e fora de campo. Um triunfo no sábado recompensaria um grande ano de atividades em 2015 da seleção.

Por Virgílio Neto, comentarista da ESPN
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