Brasil e Alemanha fizeram a segunda partida da gira da seleção europeia em território brasileiro. Os alemães ganharam em Blumenau (29 a 12) e novamente no Pacaembu, na última sexta-feira (31 a 7). Era o 1.50oº jogo dos Tupis, em partida que entrou para a história do rúgbi do Brasil.

Em primeiro lugar, o ingresso para o jogo era um livro. Não há dúvidas de que a educação é capaz de mudar o país, e o incentivo à leitura um dos instrumentos para esta mudança.

Em segundo lugar, o jogo foi em um dos maiores templos do esporte, o Pacaembu.

Em terceiro lugar, as mais de 10 mil pessoas que compareceram para a ver a seleção brasileira, os Tupis. O maior público de sempre do rúgbi no país. Para saber e conhecer mais sobre a modalidade, se identificarem com a equipe e celebrar o esporte, seus valores, o convívio em família e amigos em ambiente saudável.

Este jogo não foi um “divisor de águas”, até mesmo porque já teve esse “divisor de águas”. Faz parte de todo um processo de crescimento e desenvolvimento do rúgbi no País. Com objetivos, métodos e, sobretudo, execução. O que aconteceu na noite do dia 4 de dezembro é único porque escancara que se está, sim, no caminho certo. Diz o ditado que “a unanimidade é burra” e que há muitos erros neste processo. Entretanto, mais acertos do que erros. Ademais, o mais importante é que está sendo feito! Se houve erros, que depois corrijam, mas o mais importante é que se faça, que aconteça.

Muitos podem criticar pelo placar. Claro, um revés não é bem-vindo. No entanto, “mar calmo não faz bom marinheiro”.

Que o rúgbi do Brasil busque mais e vá pra mais!

Por Virgílio Neto, comentarista da ESPN
virgilioneto.wordpress.com/
@virgiliofneto