Longe da sombra dos 7 a 1 da última Copa do Mundo de futebol, a seleção brasileira de rúgbi entra em campo neste sábado contra a Alemanha. Será o primeiro duelo entre as seleções, em um palco bastante simbólico: a cidade de Blumenau (SC), fundada por alemães e um dos maiores redutos do país europeu no Brasil.

“O rúgbi se desenvolveu muito bem na Alemanha nos últimos anos: saímos de nove mil para 14 mil jogadores. Acho que estamos na direção certa”, comenta Hans-Joachim Wallenwein, manager da seleção alemã ao Total Rugby, durante as classificatórias para o Mundial 2015 (veja no vídeo abaixo). Assim como o Brasil, a Alemanha nunca participou de uma Copa do Mundo de Rúgbi.

O melhor termômetro atual do time alemão é o Six Nations “B”, a segunda divisão dos torneios de seleções da Europa. Jogando a terceira divisão desde 2010, os alemães subiram no ano passado, mas perderam seus jogos contra Espanha, Portugal, Rússia, Romênia e Geórgia (apenas os dois últimos estiveram na Copa 2015).

Mesmo com tanta distância, e sem nunca terem se enfrentado, Brasil e Alemanha vivem realidades parecidas no esporte. São grupos formados por jogadores amadores, que ocupam a mesma zona do ranking mundial (Alemanha em 30º e Brasil em 39º). Ainda assim, o embate direto é bem difícil de prever.

Acontece que, desde 2010 os alemães não enfrentam uma seleção fora da Europa em amistosos. Aliás, vão enfrentam um sul-americano pela primeira vez na história. Já o Brasil perdeu seus cinco jogos oficiais em 2015 – as últimas grandes vitórias foram contra Chile e Paraguai no Sul-Americano de 2014.

O jogo em Blumenau será o primeiro de uma série de dois confrontos. No dia 4 de dezembro, as seleções se encontram novamente no Pacaembu, em São Paulo, no primeiro jogo oficial na seleção nacional no estádio paulistano.

Além de promover o rúgbi para o público (e contar ponto para o ranking da World Rugby) os amistosos têm um objetivo: no dia 12 de dezembro, o Brasil enfrenta a Colômbia, campeã do sul-americano “B” em 2015. O duelo será no estádio do Canindé (SP) e quem vencer se garante na elite da América do Sul em 2016.