19 de novembro de 2015 – O Blog do Rúgbi http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br Um grupo de jornalistas está focado em buscar as melhores jogadas, os melhores tackles – e pancadas -, e os momentos mais emocionantes do mundo do rúgbi. Fri, 31 Mar 2017 17:31:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Time inglês aproveita clássico para arrecadar fundos com calendário sensual http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2015/11/19/time-ingles-aproveita-classico-para-arrecadar-fundos-com-calendario-sensual/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2015/11/19/time-ingles-aproveita-classico-para-arrecadar-fundos-com-calendario-sensual/#respond Thu, 19 Nov 2015 17:20:59 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=798

Os times femininos de rúgbi das universidades de Oxford e Cambridge, na Inglaterra, estão prestes a fazer mais uma edição do clássico conhecido como Varsity Match. E para o duelo do dia 10 de dezembro, a equipe de Oxford quer aproveitar para arrecadar fundos de maneira bastante ousada.

Para a partida, as jogadoras de Oxford posaram nuas em um calendário sensual. Com a venda dos calendários, com 13 fotos cada, o time quer reverter fundos para uma instituição de caridade que trata pessoas com disfunções alimentares, como bulimia e anorexia.

“Posar para o calendário foi divertido para toda a equipe”, contou a capitã Carly Bliss para o jornal Sportsmail. “Não foi apenas um grande exercício para a equipe, mas saber que arrecadamos fundos com o nosso time para uma causa tão incrível nos ajudou a espantar o frio”, brincou.

A Varsity Match é uma tradição do rúgbi entre duas das mais importantes universidades na Inglaterra. A primeira edição da partida, ainda entre homens, foi disputada em 1872. Desde 1921, as equipes masculinas se enfrentam em Twickenham, palco da final da Copa do Mundo da modalidade em 2015.

As mulheres passaram a disputar sua própria Varsity Match apenas na década de 80. Em 2015, pela primeira vez, a versão feminina do clássico acontecerá em Twickenham.

Interessou? O calendário pode ser comprado online por 12 libras (cerca de R$ 68).

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Maior líder dos All Blacks, McCaw se aposenta no auge após título mundial http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2015/11/19/maior-lider-dos-all-blacks-mccaw-se-aposenta-no-auge-apos-titulo-mundial/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2015/11/19/maior-lider-dos-all-blacks-mccaw-se-aposenta-no-auge-apos-titulo-mundial/#comments Thu, 19 Nov 2015 15:53:06 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=791 Por Bruno Romano

Último ato: capitão Richie McCaw levanta a taça da Copa do Mundo 2015 com a Nova Zelândia (Crédito: Paul Gilham/Getty Images)
Último ato: capitão Richie McCaw levanta a taça da Copa do Mundo 2015 com a Nova Zelândia (Crédito: Paul Gilham/Getty Images)

Que bom devia ser olhar para o lado no campo e ver Richie McCaw com a mesma cor de camisa de que a sua. A chance de vocês comemorarem juntos depois do jogo era enorme. Só pelo All Blacks, a seleção de rúgbi da Nova Zelândia, foram 131 vitórias em 145 jogos, marca que nenhum outro jogador sequer passou perto – atuando em seu país, Richie perdeu apenas duas vezes em 61 partidas com a camisa negra.

O último triunfo (e também a chance final de ver McCaw em ação) foi na decisão do Mundial de Rúgbi 2015, vencido pelos neozelandeses. Nesta quinta, quase três semanas depois do título, o capitão anunciou a já esperada despedida dos gramados aos 34 anos.

Seu último jogo também marca outro recorde que não vão tirar de McCaw tão cedo. O camisa 7, criado em Christchurch (ilha sul da Nova Zelândia), com família de origem escocesa, foi o único atleta a levantar a Webb Ellis Cup, a taça da Copa do Mundo, duas vezes (2011 e 2015).

Jogador de um só time em toda carreira, o Crusaders, McCaw capitaneou os All Blacks 110 vezes – e foi o primeiro rugbier a completar 100 partidas por uma seleção na história do esporte.

Só que os maiores feitos de McCaw, na verdade, não são individuais. Escondida atrás de números e recordes está sua capacidade de liderar (sob muita pressão) o melhor time do mundo.

Como todo bom terceira-linha, ele se sobressaia no físico, na bravura e na inteligência em campo. Mas se diferenciava mesmo no forte caráter, na tolerância para tomar pancada, e na capacidade de se adaptar, a cada jogo e as novas regras do esporte.

Com Richie de capitão, a vitória podia não ser garantida 100 %, mas era certeza de que o time nunca iria se entregar, nem entrar em colapso. Esse é seu grande legado, depois de perder com os All Blacks para França no Mundial de 2007 e trilhar o caminho da glória com duas Copas do Mundo seguidas em 2011 e 2015.

Direto nas ações e nas palavras, Richie pode ser entendido com uma frase célebre de sua carreira. “Não há nenhuma mágica nisso tudo, a questão é fazer bem o seu trabalho quando mais precisam de você”, dizia sobre o papel de capitão da melhor seleção do mundo.

Na hora de se despedir do rúgbi, McCaw também foi mestre. Explicou que preferiu não fechar as portas antes da Copa do Mundo terminar. “A emoção de deixar o rúgbi poderia me atrapalhar no Mundial. Eu ia ficar pensando em último isso, último aquilo”. É mais: “Eu também queria que tudo o que acontecesse na Copa estivesse ligado ao time, e não a uma ou outra pessoa”. Já deu pra entender bem por que o cara é diferente.

Com sua missão final cumprida, Richie passou mais duas semanas e meia refletindo antes de encerrar esta parte da sua história. Ele deixa o rúgbi com méritos que, quem acompanha o esporte, já deve saber: 145 jogos pelos Crusaders, com direito a quatro títulos de Super Rugby, além de dez troféus de Tri Nations (e Rugby Championship). E, claro, três vezes eleito o melhor do mundo: 2006, 2009 e 2010.

Mas também guarda histórias nem tão faladas: fora de campo, é piloto de ultraleve e co-autor da biografia de rúgbi mais vendida de todos os tempos, “The Open Side”, livro de 2012. Mesmo conhecido pela liderança e ótima defesa, guardou 27 tries pelos All Blacks, mais do que qualquer forward na história da seleção. Na sua estreia, aos 20 anos, em 2001, jogando em Dublin, foi eleito o homem do jogo contra a Irlanda – os All Blacks venceram a partida, claro.

A partir de hoje – além de descansar um pouco e passar na funilaria – o ex-capitão All Black vai se dedicar a compromissos com patrocinadores pessoais e atividades solidárias, além de tocar um negócio próprio na área de esportes.

Um novo começo para o maior líder (e maior vencedor) dos All Blacks de toda história. E talvez o que melhor definiu o que é ser um All Black: “A questão não é vestir essa camisa, é preenchê-la, amando cada minuto que estiver com ela”. Richie cumpriu sua palavra. Deixou seu legado. E, com a nova geração neozelandesa, pode deixar o gramado tranquilo.

Um dia depois da morte da Lomu, McCaw se despede e homenageia a lenda, com quem jogou cinco partidas pelos All Blacks (Crédito: Ross Land/Getty Images)
Um dia depois da morte da Lomu, McCaw se despede e homenageia a lenda, com quem jogou cinco partidas pelos All Blacks (Crédito: Ross Land/Getty Images)

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Técnico neozelandês da seleção brasileira de rúgbi exalta Lomu: ‘Um ícone’ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2015/11/19/tecnico-neozelandes-da-selecao-brasileira-de-rugbi-exalta-lomu-um-icone/ http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/2015/11/19/tecnico-neozelandes-da-selecao-brasileira-de-rugbi-exalta-lomu-um-icone/#comments Thu, 19 Nov 2015 13:41:22 +0000 http://oblogdorugbi.blogosfera.uol.com.br/?p=787 lomu

Por Chris Neil
Técnico da seleção brasileira feminina de rúgbi sete

Foi uma notícia chocante a morte de Jonah Lomu. A forma como os neozelandeses reagiram realmente mostra o quão respeitado foi esse incrível ícone do rúgbi.

Jonah não era apenas um grande jogador, ele era um grande homem e um verdadeiro embaixador do nosso esporte ao redor do mundo. Um verdadeiro cavalheiro que sabia o quanto este jogo maravilhoso tocou a tantas pessoas. Ele viveu os valores do rúgbi e promoveu esses valores apenas sendo ele mesmo.

Alguns de seus feitos no campo de rúgbi foram verdadeiramente surpreendentes, mas foi como ele promoveu o jogo, sendo tão humilde e dando tanto de seu tempo a todos, mesmo quando ele tinha tantos problemas médicos graves, que o destacou.

Ele sempre colocava todos os outros em primeiro lugar e nunca usou estas questões médicas como desculpas.

Jonah encerrou cedo sua carreira no rúgby e a maior parte do mundo ou público em geral nunca soube o quão grave essa doença no rim que o vitimou era.

Muitos até criticaram a forma como ele estava jogando no final de 1990, e, mesmo assim, ele nunca disse o público o quão doente estava. Ele não queria jogar abaixo das expectativas dos All Blacks, porque sempre soube o que significava jogar por essa equipe e por seu país.

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