Os cinco jogos inesquecíveis da Copa do Mundo de rúgbi
UOL Esporte
Depois de dois meses e 48 jogos, a Copa do Mundo chegou ao final. Os All Blacks levantaram a taça pela terceira vez em sua história, um feito inédito. Mas isso não foi a única coisa marcante que esse Mundial deixará. Por causa disso, listamos cinco partidas inesquecíveis do torneio disputado no Reino Unido. Confira:
A grande final (Austrália 17 x 34 Nova Zelândia)
Antes mesmo do apito inicial soar, a final da Copa do Mundo já era histórica. Seria a primeira entre países do mesmo continente (Austrália e Nova Zelândia) e a responsável pelo primeiro tricampeão mundial. Esse tempero deixou ainda mais memorável a vitória por 34 a 17 dos All Blacks.
Atuais campeões do torneio, os All Blacks vivem uma das melhores fases de sua história e isso ficou bastante claro durante a dominante vitória. Os neozelandeses resolveram a decisão logo no primeiro tempo, quando foram para o intervalo vencendo por 16 a 3. Com uma atuação impecável, a taça Webb Ellis nunca ficou longe das mãos da Nova Zelândia.
O “Maracanazo” inglês (Inglaterra 13 x 33 Austrália)
O principal jogo para os donos da casa também foi o mais dolorido. Campeões em 2003, a Inglaterra chegou cheia de expectativa para o torneio que seria disputado em seus domínios. A alegria, porém, se transformou em tristeza ainda na fase de grupo. E coube a Austrália despachar os anfitriões da competição de maneira precoce.
A vitória australiana por 33 a 13 fez com que a Inglaterra fosse a primeira anfitriã da história a ser eliminada ainda na primeira fase de uma Copa do Mundo. Foi uma espécie de “Maracanazo”, ou mais atualmente: um 7 a 1 inglês.
O massacre neozelandês (Nova Zelândia 62 x 13 França)
A França chegou nas quartas de final da Copa do Mundo sabendo que teria dificuldades contra a poderosa Nova Zelândia. Mas jamais poderia imaginar o que aconteceria: uma goleada histórica por 62 a 13.
Comandada pela sensação Julian Savea, a Nova Zelândia não tomou o menor conhecimento do adversário. O “atropelo” foi o maior dos “All Blacks” em todo o torneio. Nem mesmo a fraca Namíbia perdeu por uma diferença tão grande.
Um erro que valeu a classificação (Austrália 35 x 34 Escócia)
A maior polêmica da Copa do Mundo aconteceu nas quartas de final. A Austrália venceu a Escócia por 35 a 34, mas a história poderia ser diferente se não fosse uma decisão do árbitro Craig Joubert. O homem do apito julgou erroneamente que o escocês Jon Welsh estava em posição irregular quando ficou com a posse de bola na jogada ocorrida aos 79 minutos do segundo tempo – infração que decorre em pênalti. Revisão posterior, contudo, provou que o australiano Nick Phipps teve participação ativa e intencional antes da ação de Welsh, o que invalida a decisão do juiz.
O erro gerou um pênalti para a Austrália, que converteu e virou a partida no último lance. A imprensa do Reino Unido tratou o equívoco como “roubo”, enquanto a Federação de Rúgbi reconheceu que o árbitro havia errado na jogada.
Japoneses fazem história (Japão 34 x 32 África do Sul)
O Japão chocou o mundo do rúgbi ao conquistar uma histórica vitória sobre a África do Sul, durante a fase de grupos do Mundial. Com o resultado de 34 a 32, os nipônicos voltaram a vencer em Copas do Mundo depois de 24 anos – a última havia sido em 1991, contra o Zimbábue.
A seleção asiática entrou na competição sendo apenas a 13ª no ranking da Federação Internacional de Rúgbi. Já a África do Sul é uma das potências do esporte e campeã da Copa do Mundo em 1995 e 2007.