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A rivalidade e os tabus da primeira final entre Nova Zelândia e Austrália

UOL Esporte

O último encontro em Mundiais, na semifinal de 2011, terminou com vitória dos All Blacks. Créditos: Getty Images

O último encontro em Mundiais, na semifinal de 2011, terminou com vitória dos All Blacks. Créditos: Getty Images

A decisão da Copa do Mundo de Rúgbi 2015 não poderia ser mais justa. Os únicos dois times invictos do torneio – e com o melhor rúgbi apresentado – disputarão o título da oitava edição do Mundial. Detalhe: em uma final inédita. Bicampeões do mundo, All Blacks (1987 e 2011) e Wallabies (1991 e 1999) nunca estiveram frente a frente no jogo que define o dono da taça Webb Ellis.

Por trás da partida que vai cravar o primeiro tricampeão da história – a mais imperdível dos últimos e dos próximos quatro anos – ligamos o radar para os números, as curiosidades e os duelos chave da batalha do próximo sábado, em Twickenham, na Inglaterra.

OS TABUS

Na busca do primeiro bicampeonato mundial seguido da história, a Nova Zelândia também precisa quebrar a escrita de nunca ter vencido uma Copa fora de casa – foi campeã duas vezes em seu território, e perdeu a final de 1995 na África do Sul.

Outras duas seleções já tiveram a chance de conquistar Copas seguidas: a Austrália de 2003 (perdeu a final para a Inglaterra), e a Inglaterra de 2007, derrotada pelos sul-africanos. Esta será a primeira chance de os All Blacks defenderem um título direto.

Já os australianos estão há 16 anos sem vencer um Mundial. Por outro lado, tem melhor retrospecto jogando Copas na Europa: ganharam todas as 18 partidas no continente, contando os duelos nos Mundiais de 1991, 1999 e 2015.

O CONFRONTO DIRETO

Há várias formas de ver o embate. Escolha a sua preferida:

1) Desde o Mundial de 2011, a Austrália só venceu os All Blacks uma vez em 11 partidas; 2) Neste ano de 2015, o duelo está empatado, com uma vitória para cada lado; 3) Em Copas, o placar marca 2 a 1 para os australianos. 4) Em toda a história, são 105 triunfos da Nova Zelândia contra 42 da Austrália, além de sete empates.

A HISTÓRIA DAS FINAIS

Só Nova Zelândia e Austrália estiveram em quatro decisões na história. A dupla também crava os maiores placares em finais. Os Wallabies anotaram 35-12 contra a França em 1999, enquanto os All Blacks venceram o primeiro Mundial, em 1987, por 29-9, em cima dos franceses. Os homens de preto também venceram pela menor margem (8-7), mais uma vez contra os Les Blues, em 2011.

Wallabies e All Blacks também estiveram nas únicas decisões com prorrogação. E perderam. Os All Blacks caíram por 15-12 para a África do Sul em 1995, na lendária final no Ellis Park.

Já os Wallabies foram derrotados em casa para a Inglaterra em 2003 (20-17), na decisão que consagrou o inglês Jonny Wilkinson e a única geração do hemisfério norte capaz de faturar um Mundial.

OS RECORDES DE TRIES

Dois “matadores” do mais alto nível estarão em campo. O australiano Drew Mitchell tem 14 tries em mundiais e está a um try de igualar Bryan Habana (África do Sul) e Jonah Lomu (Nova Zelândia), como maior “try man” das Copas.

Já o ponta neozelandês Julian Savea impressionou a todos anotando oito tries em sua primeira Copa do Mundo. Se cravar mais um na final, vai ultrapassar Habana e Lomu no recorde de maior número de tries feitos em um mesmo Mundial.

O PRÊMIO

Vencer uma final de Copa não tem preço, claro. Mas tem prêmio. Segundo o portal NZ Herald, se os All Blacks levantarem a taça cada jogador leva como bônus 150 mil dólares neozelandeses (cerca de US$ 100.000). Em caso de vice-campeonato, a bolada diminuiu para aproximadamente um quarto do valor.

Do outro lado, o elenco dos Wallabies pode ganhar 100 mil dólares australianos (pouco mais de US$ 72.000) por cabeça se conseguirem derrubar a atual campeã Nova Zelândia.

All Blacks tem a chance de conquistar inédito bicampeonato seguido em Copas. Créditos: Getty Images

All Blacks tem a chance de conquistar inédito bicampeonato seguido em Copas. Créditos: Getty Images