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Mundial de rúgbi: massacre, choro no hino e viradas marcam as quartas

UOL Esporte

Dois jogaços decididos no final, uma humilhação histórica e o triunfo da raça. As quartas de final da Copa do Mundo de rúgbi aconteceram neste final de semana, e quem imaginava que os duelos já tinham vencedores garantidos mesmo antes do apito inicial se surpreendeu com as histórias dos quatro jogos disputados em Londres e Cardiff.

Veja abaixo fatos e personagens que marcaram a primeira rodada de mata-mata do Mundial. E que venham as semifinais!

O maior vexame da história

Que a Nova Zelândia era franca favorita contra a França, todo mundo sabia. Mas que os All Blacks atropelariam os Bleus de maneira tão acachapante poucos poderiam prever. A derrota da França por 62 a 13 foi o maior massacre da história dos mata-matas da Copa do Mundo. Desde 1987, ninguém havia perdido a partir das quartas de final por mais do que 27 pontos. Os franceses levaram 49 e quebraram o recorde negativo que era deles mesmos, quando caíram para a própria Nova Zelândia no bronze de 2003.

Hat-trick de tries é com ele

O massacre neozelandês pra cima da França teve nome e sobrenome: Julian Savea. Disputando seu primeiro Mundial, o novato fez história ao tornar-se o primeiro jogador a fazer mais de um hat-trick de tries na mesma Copa. Os três tries contra os franceses somaram aos outros três marcados na primeira fase contra a Georgia. Ah, e ele fez outros dois em cima da Namíbia. É o líder disparado dessa edição do campeonato.

O pênalti do alívio

A Austrália entrou nas quartas de final como seleção a ser batida depois de ter passado invicta pelo grupo da morte. Viu seu favoritismo crescer ao pegar a Escócia, time mais frágil do mata-mata. Mas no jogo mais emocionante das quartas, repleto de viradas e com os escoceses garantidos na semi até o penúltimo minuto, um pênalti convertido por Bernard Foley garantiu a virada derradeira e a vitória por 35 a 34, evitando assim a grande zebra da rodada.

Aula de respeito e cordialidade

Após sobreviver à dura batalha imposta pela Escócia e só vencer no último minuto, a Austrália deu uma aula de respeito ao adversário. Os Wallabies postaram-se em fila na entrada do vestiário do Twickenham e fizeram um corredor para que os escoceses passassem sob uma chuva de aplausos.

Agora sim, sem anfitriões

Embora a Inglaterra, anfitriã da Copa do Mundo de 2015, tenha sido eliminada ainda na primeira fase, o Reino Unido continuou representado nas quartas do Mundial com seus outros dois membros: Escócia e País de Gales. Mas nem toda a união dos Lions foi suficiente. As três seleções foram derrubadas, e agora já se tem certeza de que a taça William Webb Ellis não ficará em solo britânico dessa vez.

O choro do hino e o flagra no vestiário

A Irlanda entrou favorita no confronto contra a Argentina, mas antes mesmo do apito inicial os Pumas mostraram qual seria sua principal arma: a garra. Alguns argentinos se emocionaram já durante a execução do Hino Nacional, mas enxugaram as lágrimas e partiram para o tudo ou nada no campo do Millenium Stadium. A vitória veio em letras garrafais, e a emoção do início deu lugar a uma comemoração bem “à vontade” no vestiário, mostrada pela TV britânica.


Try milagroso

Não foi só o pênalti convertido por Bernard Foley para a Austrália que rendeu uma virada nos instantes finais na rodada de quartas de final. No sábado, a África do Sul já havia chutado a zebra do País de Gales quando, com quase 36 minutos do segundo tempo, Du Preez acertou um try e colocou os Springboks na frente: 23 a 19. A conversão perdida por Pollard logo em seguida nem fez falta, e os sul-africanos avançaram em busca de seu terceiro título mundial.

Por Paula Almeida
Do UOL, em Londres (ING)