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“Gorgodzilla” lidera campanha histórica da Geórgia

UOL Esporte

Por Bruno Romano

Foto: Henry Browne/Reuters

Foto: Henry Browne/Reuters

(O gigante “Gorgodzilla” anota o try da vitória da Geórgia contra a Namíbia)

Mamuka Gorgodze tem 1,96 metros de altura e 118 kg – e poderia jogar em qualquer potência mundial do esporte. Como nasceu na Geórgia, o Gorgodzilla, como é mais conhecido, liderou seu país na melhor participação em Copas do Mundo com duas vitórias em quatro jogos. A segunda delas aconteceu nesta quarta-feira, em duelo apertado contra a Namíbia (17-16).

Gorgodze deixa o Mundial com dois tries, 41 tackles feitos (95% de acerto), 14 arrancadas fugindo de adversários e sete roubadas de bola. Além de levar para a casa – e para o Toulon, seu time na França – a fama se ter sido um dos destaques do torneio.

A Namíbia, por outro lado, viu escapar o que poderia ser a primeira vitória em Mundiais. Os africanos ainda têm a Argentina pela frente no próximo domingo, mas vão ser presa fácil, ainda mais com o cansaço da batalha de hoje.

Mesmo assim, podem se contentar com a inédita vitória durante um dos tempos (6-0) e a sua primeira pontuação em Copas: um ponto bônus defensivo, por ter perdido por uma diferença menor ou igual a sete pontos.

A vitória da Geórgia ainda pode render uma segunda celebração. Se a Nova Zelândia bater Tonga na próxima sexta (o que é mais do que provável), os georgianos se garantem automaticamente no Mundial de 2019, como terceiro colocados do grupo.

Foto: Damien Meyer/AFP

Foto: Damien Meyer/AFP

(Grandalhão “Gorgodzilla” se destaca entre os demais jogadores)

DICA DO DIA: Se tiver a sorte de ir a Londres e visitar o estádio de Twickenham, não deixe de fora a passada pelo World Rugby Museum. Saiba mais em: englandrugby.com/twickenham/world-rugby-museum

O CARA: Bryan Habana. O camisa 11 da África do Sul fez história nesta quarta-feira. Ele chegou a 15 tries em mundiais, se igualando a lenda do rúgbi Jonah Lomu (ídolo da Nova Zelândia nas décadas de 1990 e 2000). Habana terá pelo menos um jogo garantido, nas quartas-de-final, para tentar se isolar na liderança deste ranking.

Enquanto isso, o posto de maior pontuador de todos os tempos no Mundial segue com o ex-abertura inglês Jonny Wilkinson. Campeão do mundo em 2003, Wilko tem 277 pontos nas Copas. E ele ainda pode ficar bem tranquilo: nenhum dos top 5 da lista de pontos segue na ativa.

A FRASE: “Os fãs dizem que estão sofrendo. Mas eu posso garantir que os jogadores sofrem cem vezes mais. Eu odeio essa caça às bruxas”, Mike Tindall, centro inglês no título mundial de 2003, comentando a repercussão da eliminação precoce da Inglaterra neste Mundial.

LONDON EYE: O que ainda está em aberto neste Mundial 2015? Vamos para a segunda parte:

Grupo “C”: A Nova Zelândia garante a liderança se vencer Tonga na próxima sexta-feira. Se isso acontecer, a Argentina se classifica em segundo batendo a Namíbia no domingo. Com a vitória desta quarta-feira, a Geórgia se garante na terceira colocação (desde que os All Blacks façam a sua parte).

Grupo “D”: Irlanda e França, com três vitórias cada, já estão nas quartas. Um embate entre os dois europeus vai definir o líder do grupo. Romênia e Itália vão disputar o terceiro lugar, também em confronto direto. Os dois jogos acontecem no domingo.